Acordei estava escuro, calor e a janela fechada... Levantei-me descalça, atravessei o meu quarto abri a porta e saí... o chão estava friu, de uma certa maneira sabia bem, sentir o friu entrar-me pela pele, subir pelas pernas, chegar ao coração e arrecê-lo para mais tarde chegar a cabeça e apuderar-se de mim totalmente...
Algo me impelia os movimentos. Não era mais eu mas alguma coisa me levava...
Cheguei a porta da rua, abria, saí descalça, sem me preocupar com as pedras ou vidros que poderiam existir.
Senti a terra nos meus pés. Fiquei imóvel, de camisa de dormir e descalça, para o longinquo que não se vê... Algum tempo passou, alguns minutos, não sei... De repente as forças falharam... As pernas antes imóveis agora caíram sobre a terra fria... Joelhos se feriram... Sangue apareceu...
O amanhacer começou a debrouchar ao mesmo tempo que uma lágrima salgada roulou e caíu sobre a terra...
As costas caíram...
Ali fiquei caída sobre a terra, sem ninguém, amanhacer a revelar-se e eu aos poucos a desfalecer... Lagrimas de um coração friu que teima em não aquecer para não se magoar prefere morrer...
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